Álbum Inteiro e Verdadeiro – Faixas 03 e 04

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=zcj8F6brZs8

 

A Nossa Festa

 

1.

Venhas à nossa festa

Tragas a tua alegria

Teu tempero

Teu enredo

Exaltando a harmonia

 

Venhas à nossa festa

Tragas a gentileza

Teu laço

Teu abraço

Elevando a beleza

 

(Coral)

Eu vou, eu vou

A vida inteira

Dançando e cantando

Deixe de besteira

 

2.

Venhas à nossa festa

Recebas a comida

Meu sorriso

O mais que isso

Deliciando a acolhida

 

Venhas à nossa festa

Recebas o corpo ardente

Minha dança penetrante

Minha alma delirante

Irradiando a luz fervente

 

(Coral)

Eu vou, eu vou

A vida inteira

Dançando e cantando

Deixe de besteira

 

Composição -  Hiran de Melo & Majda Hamad Pereira

Intérpretes: Boy & Bielzin

Arranjos e Gravação: Studio Washington Boy

Faixa 03 do Álbum Inteiro e Verdadeiro – 2023/2024

Vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=sajWMFiy4og

Faixa 04 do Álbum Inteiro e Verdadeiro – 2023/2024

Instrumental

 

Anexo

 

A Nossa Festa: Leitura do Poeta

 

"A Nossa Festa" nasceu de um desejo de celebrar a vida em sua totalidade, de convidar as pessoas a se libertarem das amarras da rotina e a se entregarem à alegria. Majda e eu buscamos construir um espaço poético onde a festa fosse metáfora para a experiência humana, um convite à união, à diversidade e à celebração da individualidade.

 

A estrutura da canção é marcada por um rigoroso paralelismo entre as estrofes, que se dividem em duas partes complementares.

 

Essa estrutura, com seu paralelismo e repetição do refrão, foi pensada para criar um ritmo contagiante, um mantra que convida o ouvinte a participar ativamente da festa. A sonoridade das palavras, com aliterações e assonâncias, foi cuidadosamente escolhida para intensificar a energia da celebração.

 

A festa, para nós, transcende a mera celebração e adquire uma dimensão existencial. É um convite para abraçar a vida em sua totalidade, com suas alegrias e desafios. Acreditamos que a união se constrói a partir da valorização das diferenças, da colaboração e do compartilhamento.

 

A segunda parte mergulha na intimidade, explorando a sensualidade e a paixão. As imagens do "corpo ardente" e da "dança penetrante" evocam uma experiência sensorial intensa, um desejo de fusão e entrega total. Acreditamos que a sensualidade é parte integrante da experiência humana, uma forma de celebrar a vida em sua plenitude.

 

O refrão, com sua repetição insistente e ritmo contagiante, funciona como um mantra que ecoa ao longo de toda a canção. As palavras "dançando" e "cantando" evocam a alegria do movimento e da expressão, um convite à leveza e à superação das preocupações.

 

Sentimos que "A Nossa Festa" como um convite irresistível a uma celebração da vida, um banquete poético onde cada verso, cada melodia, é um ingrediente de uma experiência única e inesquecível. Acreditamos que a poesia tem o poder de nos conectar com os outros e conosco mesmos, de despertar a alegria e de nos inspirar a construir nossas próprias histórias.

 

"A Nossa Festa" é um convite à celebração da vida, da alegria e da união entre as pessoas. A ideia central da música é criar um espaço onde todos possam se reunir, onde as diferenças se tornam tempero para uma experiência compartilhada, intensa e enriquecedora. Ao escrever essa canção, eu e Majda queríamos transmitir uma sensação de acolhimento, de calor humano, um ambiente onde o amor e a alegria são os principais anfitriões.

 

O poema começa com um convite direto: “Venhas à nossa festa”. Aqui, a festa não é apenas uma celebração qualquer, mas um espaço simbólico, onde todos são bem-vindos, independentemente de suas origens ou histórias. Ao pedir que a pessoa traga "sua alegria", "seu tempero" e "seu enredo", há uma acolhida da individualidade e autenticidade no encontro. Cada pessoa tem algo único a oferecer, e a festa se torna mais rica por conta dessas contribuições.

 

O uso de palavras como "gentileza", "laço" e "abraço" reforça a ideia de que a festa não é apenas física, mas também emocional. Ela é feita de gestos de carinho, atenção e respeito mútuo. Quando falamos de "exaltar a harmonia" e "elevar a beleza", estamos sugerindo que, por meio dessa troca sincera e generosa, conseguimos construir uma convivência mais harmoniosa e cheia de beleza – algo que se reflete em cada gesto, em cada palavra, em cada dança.

 

O coral que repete “Eu vou, eu vou / A vida inteira / Dançando e cantando / Deixe de besteira” traz uma leveza, quase um incentivo a se libertar das preocupações do dia a dia e se entregar à celebração da vida. A música se torna um convite a viver sem amarras, sem se prender ao que não importa, apenas dançar, cantar e aproveitar o momento presente.

 

Na segunda parte do poema, a festa se torna ainda mais intensa e visceral, com a menção de "receber a comida", "meu sorriso" e "minha dança penetrante". A comida aqui simboliza o prazer sensorial, a dança é uma expressão de liberdade e paixão, e o sorriso é a oferta de acolhimento e amizade. A festa se torna, então, um evento de comunhão profunda, onde não só os sentidos são despertos, mas também as emoções e as almas se conectam.

 

Quando falamos de "minha alma delirante / Irradiando a luz fervente", estamos expressando a ideia de uma energia contagiante que se espalha, que inspira os outros a se entregarem totalmente à celebração. A festa não é apenas uma reunião de corpos, mas uma celebração de espíritos, onde a alegria se multiplica e se amplifica à medida que todos compartilham dessa energia vibrante.

 

Em resumo, "A Nossa Festa" é uma celebração de tudo o que é bom, belo e verdadeiro na vida. Ao compor essa música, queríamos que ela fosse não apenas um convite, mas também um reflexo da nossa visão de mundo: um mundo onde as pessoas se unem para celebrar, para se acolher e para, juntos, criar momentos de pura alegria e harmonia. É uma festa sem fim, onde a música e a dança são a linguagem universal que nos conecta a todos.

 

Poeta Hiran de Melo

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