Álbum Sons da Terra & Gente – Faixa 05
Vídeo https://www.youtube.com/watch?v=JOaAwHqEA7Y
Por acaso
Ao te encontrar
Na rua deserta da cidade
Ouvindo cântico da imensidão
(Coral)
Madrugada sepultada
Magia, dor e paixão.
Acompanhando o passo
Esquecendo o compasso
Saindo do sonho à desilusão
(Coral)
Madrugada sepultada
Magia, dor e paixão.
Vais, bebes a tua ingratidão
Deixa-me aqui na calçada
A espera de uma nova ilusão
(Coral)
Madrugada sepultada
Magia, dor e paixão.
Ao som de um solitário bandolim
Que fará poesias esquecidas de mim
Dá espaço à nova canção
(Coral)
Madrugada sepultada
Magia, dor e paixão.
Composição - Hiran de Melo & Gelda Moura & Boy
Intérpretes: 🎤 Boy & Bielzin
Arranjos e Gravação: Studio
Washington Boy
Faixa 05 do Álbum
Som da Terra & Gente
Vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=JOaAwHqEA7Y
Anexo
Por acaso: A leitura do poeta
O encontro casual na "rua
deserta" é o ponto de partida, um momento de intensa emoção,
marcado pela metáfora da "madrugada sepultada".
Acreditamos que a madrugada é um tempo liminar, um espaço entre o consciente e
o inconsciente, onde as emoções se intensificam e as fronteiras da realidade se
diluem.
A imagem do "compasso
perdido" evoca a metáfora da dança, onde a sincronia e a harmonia
dos movimentos expressam a conexão entre os parceiros. A perda do compasso
simboliza a desarmonia que se instala na relação, como se os amantes estivessem
dançando em ritmos distintos.
A transição do "sonho à
desilusão" representa a passagem de um estado idealizado para a
dura realidade, onde as expectativas não são correspondidas. A sensação de
distanciamento, expressa pelo verbo "acompanhando",
revela a angústia do eu lírico, que se sente como um espectador passivo da
própria história de amor.
A imagem do amado "bebendo
a tua ingratidão" é extremamente forte, sugerindo uma espécie de
autodestruição emocional. Possivelmente a ingratidão é uma das formas mais
cruéis de rejeição, um golpe mortal para o eu lírico.
O eu lírico, abandonado na "calçada", experimenta a sensação de isolamento e
de perda, sendo confrontado com a fragilidade das relações humanas. A imagem da
calçada, como um espaço de transição, simboliza o momento de incerteza e de
busca por um novo sentido para a vida.
A última estrofe traz um raio de esperança ao
cenário de dor e desilusão. O som do bandolim, ao "fazer poesias esquecidas de mim", representa a força da arte
como ferramenta de cura e transformação. Acreditamos que a música tem o poder
de ressignificar as experiências e reconstruir a identidade.
A "nova canção"
emerge como um hino à esperança, anunciando um novo ciclo e a possibilidade de
seguir em frente. Acreditamos que a música não apenas alivia a dor, mas também
oferece um sentido para a vida, permitindo ao eu lírico renascer das cinzas da
desilusão.
Poeta Hiran de Melo
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