Álbum Princesa dos Céus Azuis 2021 – Faixa 01


Vídeo https://www.youtube.com/watch?v=kLQgJow896E

 

 

Virgem Mãe

 

 

Adentrei pelas caatingas sem fim

O sol iluminava e queimava

Tal qual estrela em zênite

Em busca do seu olhar em mim.

 

A gota do suor, que rolava

Pelo meu rosto, caía

O solo, árido e seco, sorria.

 

Só o amor da Bonita Maria

Faria a imagem do inferno

Parecer cenário de inverno

Porque ela vê e quer o bem.

 

Amparei-me na fé ardente

Reergui-me na prece.

 

Da esperança ouço a corrente

Minha alma estremece

Sei que a voz é sua

Você está ali e aqui

Mas não é uma miragem

Nem fruto da minha paixão

Resposta ao palpitar do coração.

 

Vejo em você o ardor

De quem nunca perdeu

Ou de fé trocou, encanta

Uma mãe virgem canta

Um único amor.

 

Tenho certeza, eu sei o que nina

A esperança foi ao encontro da fé

Abraçando a noite iluminada até

Pelo cântico da poetisa menina.

 

Composição -  Hiran de Melo & Bielzim

Intérprete: 🎤 Boy & Bielzim

Arranjos e Gravação: Studio Washington Boy

Faixa 01 do Álbum Princesa dos Céus Azuis 2021

Publicado no blog: Álbuns – Letras de Músicas

Vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=kLQgJow896E

 

Anexo

 

Virgem Mãe: A leitura do poeta

 

"Virgem Mãe" desvela uma profunda jornada espiritual, onde o eu lírico busca refúgio nos braços maternais da fé, encontrando na figura da Virgem Maria um farol que ilumina o caminho e oferece conforto.

 

A canção se inicia com a descrição de uma jornada árdua pela caatinga, um símbolo da busca por um encontro espiritual. "Adentrei pelas caatingas sem fim/O sol iluminava e queimava/Tal qual estrela em zênite/Em busca do seu olhar em mim" são versos que expressam a intensidade da busca, a sensação de que o caminho é árduo, mas a fé impulsiona a seguir em frente.

 

A segunda estrofe utiliza a imagem da gota de suor que cai no solo árido para simbolizar o sofrimento e a esperança de encontrar alívio na fé. "A gota do suor, que rolava/Pelo meu rosto, caía/O solo, árido e seco, sorria" são versos que expressam a sensação de que mesmo no sofrimento, há esperança de encontrar conforto na fé.

 

Nessas primeiras estrofes, o eu lírico nos convida a uma jornada existencial por um deserto interior, onde a caatinga simboliza a secura espiritual e o sol escaldante representa a angústia da busca. A jornada física pela caatinga se torna uma alegoria da busca interior por um significado transcendente, uma metáfora da alma humana em busca de redenção.

 

A terceira estrofe exalta a figura de Maria, a "Bonita Maria", como fonte de amor e proteção, capaz de transformar o inferno em paraíso. "Só o amor da Bonita Maria/Faria a imagem do inferno/Parecer cenário de inverno/Porque ela vê e quer o bem" são versos que expressam a crença no poder do amor de Maria, a sensação de que ela é capaz de trazer paz e conforto.

 

Essa estrofe revela a força transformadora da fé, onde a invocação da Virgem Maria proporciona um refúgio seguro em meio à adversidade. A metáfora que contrapõe o inferno a um cenário de inverno sob o olhar maternal de Maria revela o poder da fé em transmutar o sofrimento em esperança, transformando o inferno interior em um lugar de serenidade.

 

A quarta e quinta estrofes descrevem a jornada do eu lírico em busca de um encontro com Maria, a sensação de que sua presença é real e palpável. "Amparei-me na fé ardente/Reergui-me na prece/Da esperança ouço a corrente/Minha alma estremece/Sei que a voz é sua/Você está ali e aqui/Mas não é uma miragem/Nem fruto da minha paixão/Resposta ao palpitar do coração" são versos que expressam a fé inabalável do eu lírico, a certeza de que Maria está presente e o guia.

 

Nessas estrofes, 4ª e 5ª, a fé emerge como o alicerce que sustenta a jornada espiritual do eu lírico, enquanto a esperança funciona como um farol que ilumina o caminho. A certeza da presença de Maria, transcendendo a mera ilusão, consolida a fé do sujeito, oferecendo-lhe conforto e direção. A jornada espiritual do eu lírico é marcada por uma profunda conexão com o divino, onde a fé e a esperança se entrelaçam.

 

A sexta estrofe celebra a força e a pureza de Maria, sua capacidade de amar incondicionalmente. "Vejo em você o ardor/De quem nunca perdeu/Ou de fé trocou, encanta/Uma mãe virgem canta/Um único amor" são versos que expressam a admiração do eu lírico por Maria, a sensação de que ela é um exemplo de fé e amor.

 

Essa estrofe celebra a figura da Virgem Maria como um símbolo de amor puro e incondicional, inspirando e fortalecendo a fé dos devotos. A comparação entre Maria e uma mãe que nunca perde a fé em seus filhos enfatiza a natureza incondicional de seu amor, oferecendo conforto e esperança ao eu lírico.

 

A sétima estrofe finaliza a canção com a certeza de que a esperança e a fé se encontraram, iluminando a noite com a presença de Maria. "Tenho certeza, eu sei o que nina/A esperança foi ao encontro da fé/Abraçando a noite iluminada até/Pelo cântico da poetisa menina" são versos que expressam a sensação de paz e conforto encontrada na fé, a certeza de que Maria está presente para proteger e guiar.

 

A última estrofe celebra a culminância da jornada espiritual do eu lírico, com a união da fé e da esperança impulsionando o sujeito em direção à luz. A imagem da "poetisa menina" evoca a beleza da fé infantil, convidando o leitor a se juntar a essa jornada e celebrar a força transformadora da fé.

 

"Virgem Mãe" é uma canção que celebra a fé e a devoção, a busca por um encontro com o sagrado e a esperança de encontrar proteção divina. Acreditamos que a canção convida o ouvinte a refletir sobre a importância da fé em sua vida e a encontrar conforto na presença divina.

 

Poeta Hiran de Melo 

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