Álbum Inverno no Cariri 2020 – Faixa 02

Vídeo https://www.youtube.com/watch?v=3pM2TABWilk

 

Os limites nos céus

 

A madeira estar fumaçando

Prenúncio do fogo que vem

Aquecer, iluminar sem queimar

 

A fogueira estar iluminando

Alegria no interior do trem

Cantar, dançar sem parar.

 

A brasa estar aquecendo

Esperança amorosa do além

Orar, exaltar sem duvidar.

 

Que saudade de você, menina

Luz nos balões que me transporta

Calor que me aquece e transborda

Os limites dos céus nos olhos seus.

 

Que vontade de você, menina

Beijo, abraço apertado, aberta a porta

Tudo que quero é você, nada importa

Os limites dos céus nos olhos meus.

 

Composição -  Hiran de Melo & Boy

Intérprete: 🎤 Boy

Arranjos e Gravação: Studio Washington Boy

Faixa 02 do Álbum Inverno no Cariri 2020

Publicado no blog: Álbuns – Letras de Músicas

Vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=7nOapHqS-E4

https://www.youtube.com/watch?v=3pM2TABWilk

 

Anexo

 

Depoimento do poeta: Os limites nos céus

 

Ao compor "Os limites nos céus", buscávamos expressar a tensão entre a saudade e a esperança. O poema começa com imagens fortes, quase sensoriais, que fazem referência à madeira que começa a fumar, um prenúncio de algo maior que está por vir. A madeira, que produz fumaça, é como uma metáfora para algo que está se aquecendo dentro de nós, uma expectativa, uma chama que se acende. Ao mesmo tempo, ela possui uma força contraditória: aquece, ilumina, mas não queima. Uma alusão à potência do amor e da presença que nos trazem vida e luz, mas sem destruir.

 

Quando falamos da fogueira iluminando a "alegria no interior do trem", tentamos capturar a sensação de movimento, de viagem, e de como o calor do ambiente pode despertar nossa alegria interior. A imagem do trem é simbólica de uma jornada, algo que não é estático, mas sempre se desloca, levando com ele não só o corpo, mas também emoções, esperanças e desejos.

 

A brasa que "aquecendo a esperança amorosa do além" é uma imagem do amor como uma força transcendental, que aquece e ilumina a vida, mas ao mesmo tempo nos faz lembrar de algo que está além de nós mesmos, do físico, do imediato. O amor aqui não é só uma emoção, mas algo que ultrapassa limites, que nos impulsiona a orar, a exaltar sem dúvida.

 

O poema toma um tom mais pessoal na segunda estrofe, onde a saudade da "menina" se torna a força motriz do poema. O sujeito poético anseia por um abraço, por um beijo, algo que está além do físico, pois nos olhos da "menina", tudo transcende. "Os limites dos céus nos olhos seus" é uma frase que carrega toda a intensidade do amor e da saudade, algo que expande o sentimento até um ponto que não há mais espaço para as barreiras do mundo físico. Essa saudade é como uma viagem sem fim, onde o "trem" que é a vida não para nunca, e a luz do amor segue sendo a guia.

 

Ao final, a repetição da busca por "você" e a afirmação de que "nada importa" é a culminância da entrega, da total dedicação ao outro, sem condições, sem restrições, onde o amor se torna a única verdade capaz de romper qualquer limite, até mesmo os do céu.

 

É um poema sobre a intensidade do sentimento, a busca pela luz, pela verdade, e pela presença do outro. Um tributo à transcendência do amor e à saudade que carrega consigo a esperança, o desejo e a fé.

 

Poeta Hiran de Melo 

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